O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, expressou o apoio do governo federal à proposta de redução da jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais. A declaração foi feita após um encontro com centrais sindicais no Palácio do Planalto na última terça-feira (29).
“Esse é um debate extremamente importante. O governo vê com muita simpatia a necessidade e a possibilidade de reduzir a jornada máxima do país para 40 horas. Acho que o país está preparado para isso. Mas o ambiente de debate não é com o governo. O debate é com o Congresso Nacional porque é por emenda constitucional“, explicou Marinho.
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Durante sua participação no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro lembrou que diversas propostas sobre o tema tramitam no Congresso, incluindo a discussão sobre a escala 6×1. Segundo ele, este é “outro debate que casa com a redução da jornada máxima no país“. É importante acompanhar essas discussões, assim como as projeções para o salário mínimo para 2026, que podem impactar diretamente o trabalhador.
Marinho destacou a importância de se discutir o fim da escala 6×1, considerada por ele como um dos turnos mais desgastantes para os trabalhadores, especialmente para as mulheres. “Ter só um dia de folga na semana acaba sacrificando demais as mães. Portanto, há uma necessidade de debate“, analisou.
O ministro reconheceu a resistência por parte do empresariado do comércio e serviços em relação ao tema. Ele apelou para a maturidade e seriedade no debate, esperando que deputados e senadores estejam sensíveis para enfrentar a questão em conjunto com trabalhadores e empregadores.
“É importante a gente ter a visão da previsibilidade e da sustentabilidade da economia para não gerar um transtorno. Mas acredito eu, sinceramente, que é plenamente possível falar em redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e um processo de negociação em convenções coletivas que busque estabelecer as necessidades da economia”, concluiu o ministro.