Dólar fecha em leve queda após otimismo sobre negociações de paz na Ucrânia

Dólar fecha em leve queda após otimismo sobre negociações de paz na Ucrânia
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Após um período de instabilidade, o dólar à vista encerrou o pregão em leve queda, influenciado pela diminuição da força da moeda americana no mercado internacional. A valorização de divisas europeias e de países emergentes refletiu o otimismo em relação ao possível início de negociações para pôr fim ao conflito na Ucrânia.

O dia começou com a divulgação de dados de inflação ao consumidor (CPI) nos EUA, que vieram acima do esperado, impulsionando o dólar pela manhã. No entanto, a situação se reverteu após declarações do ex-presidente americano Donald Trump sobre o conflito no leste europeu.

Conversas de paz

Trump afirmou ter tido uma conversa telefônica “longa e produtiva” com o presidente russo, Vladimir Putin, e manifestou a expectativa de que as negociações de paz comecem em breve. O Kremlin confirmou a intenção de ambos os líderes em manter contato direto e organizar encontros para tratar do tema.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também se manifestou através da rede social X (antigo Twitter), relatando uma conversa “significativa” com Trump sobre oportunidades para alcançar a paz na região.

A possibilidade de tratativas de paz, no entanto, gerou ressalvas por parte de ministros das relações exteriores de França, Alemanha e Espanha, que defenderam a necessidade de envolvimento europeu em qualquer acordo.

Impacto no mercado

As notícias sobre as conversas entre os líderes globais provocaram uma queda de mais de 2% nas cotações do petróleo e reduziram a demanda pelo dólar no mercado internacional. O índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras seis moedas fortes, inverteu a trajetória e rompeu o patamar de 108,000 pontos, atingindo uma mínima de 107,627 pontos.

No Brasil, a moeda americana chegou a atingir R$ 5,7437, mas fechou o dia cotada a R$ 5,7631, com queda de 0,08%. Esse foi o terceiro pregão consecutivo de desvalorização do dólar, que acumula perdas de 0,53% na semana e 1,26% em fevereiro.

O real, que vinha se destacando entre as moedas de países emergentes, apresentou um desempenho inferior ao do peso mexicano em alguns momentos do dia. O peso chileno, por sua vez, avançou mais de 1%, impulsionado pela alta dos preços do cobre e por um tom mais rigoroso na ata do Banco Central do Chile.

O presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou em audiência na Câmara dos Representantes que não há pressa em ajustar a política monetária, e que as decisões sobre juros serão baseadas em dados, sem foco em uma política particular.

 

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