Seu celular vai tocar com sirene dia 14: entenda o alerta da Defesa Civil no RN

A simulação no dia 14 de junho visa familiarizar os moradores com a ferramenta e evitar sustos desnecessários.
Seu celular vai tocar com sirene dia 14: entenda o alerta da Defesa Civil no RN
Sistema já funcional nas regiões Sul e Sudeste do país - Foto: Governo do RS.

No próximo sábado, 14 de junho, moradores de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Extremoz receberão, pela primeira vez, um alerta sonoro e visual diretamente no celular, como parte do teste do novo sistema da Defesa Civil. O aviso virá acompanhado de uma sirene, que tocará mesmo com o aparelho no modo silencioso, e exigirá que o usuário interaja com a tela para encerrar o som.

A ação faz parte da implementação do sistema “Defesa Civil Alerta”, que será ativado oficialmente no dia 18 de junho em todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte. O objetivo é proteger a população em casos de desastres naturais, como alagamentos, deslizamentos, inundações e situações com risco iminente à vida.

A sirene só para quando a pessoa confirma que viu a mensagem. Isso nos dá a certeza de que o aviso foi recebido e compreendido”, explicou Alexandre Fonseca, coordenador-geral da Defesa Civil do RN.

Como funciona o alerta no celular

A tecnologia será transmitida por meio das redes 4G e 5G, sem necessidade de cadastro ou aplicativo. Se o aparelho estiver conectado a uma torre de telefonia da região afetada, o alerta será exibido automaticamente, com som de emergência e mensagem explicativa.

O sistema envia dois tipos de aviso:

  • Severo: com orientação para evacuação planejada;
  • Extremo: com ordem imediata para deixar a área de risco.

Mesmo aparelhos com outros aplicativos abertos ou no silencioso receberão o alerta, que permanecerá ativo até que o usuário toque em “OK”.

Evite confusões: o aviso é real, mas neste sábado é só teste

A simulação no dia 14 de junho visa familiarizar os moradores com a ferramenta e evitar sustos desnecessários. O sistema já foi utilizado com sucesso nas regiões Sul e Sudeste, onde mais de 300 alertas foram emitidos, ajudando a evitar tragédias.

A Defesa Civil orienta que a população não confunda o aviso com tentativas de golpe ou fraudes. A tecnologia é validada pelo Governo Federal e integrada às operadoras de telefonia.

Nos bastidores, a equipe da Defesa Civil estadual mantém diálogo com hospitais, UTIs, escolas e órgãos públicos para evitar que o som do alerta seja confundido com falhas técnicas ou alarmes internos. “Estamos orientando o máximo possível para que ninguém entre em pânico, principalmente em ambientes sensíveis como UTIs”, ressaltou Fonseca.

Além do novo sistema, a Defesa Civil também promove, desde janeiro, capacitações com equipes municipais. No último treinamento, em 5 de junho, representantes de 19 cidades participaram de oficinas sobre resposta rápida, uso do alerta e monitoramento climático, com apoio técnico especializado e meteorologistas.

Sistema chega em meio a seca severa no interior do estado

Atualmente, 63 municípios do RN estão em situação de emergência devido à estiagem e à falta d’água. Essas regiões são atendidas pela Operação Carro-Pipa do Governo Federal. A atuação da Defesa Civil inclui não apenas resposta a chuvas intensas, mas também prevenção a desastres provocados pela seca — que afeta diretamente comunidades rurais e populações vulneráveis.

Em caso de risco iminente, a população pode acionar a Defesa Civil ligando para o 193 (Corpo de Bombeiros) ou 190 (Polícia Militar). As ocorrências são integradas ao sistema do CIOSP, a central estadual de segurança.

Hoje, com as mudanças climáticas, nenhum município está imune a desastres. A prevenção começa com informação”, concluiu Alexandre Fonseca.

O sistema Defesa Civil Alerta representa um avanço inédito na comunicação emergencial no RN. Com ele, o estado se junta a outros do país no uso da tecnologia como ferramenta de salvamento e prevenção de tragédias. A expectativa é que, com o uso correto, o sistema reduza os danos humanos e materiais provocados por fenômenos naturais que, com o agravamento das mudanças climáticas, tornam-se cada vez mais frequentes.

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