Terminal Pesqueiro de Natal deve gerar 8 mil empregos e reaquecer economia potiguar

Com área total de 13.500 m² e 4.800 m² de área construída, o terminal tem capacidade para armazenar até 50 mil quilos de pescado e contará com uma fábrica de gelo com capacidade de 60 toneladas diárias.
Terminal Pesqueiro de Natal deve gerar 8 mil empregos e reaquecer economia potiguar
Foto: Sandro Menezes/Assecom

Resumo da Notícia

A ativação do Terminal Pesqueiro Público de Natal, arrematado pela Turc Serviços Marítimos em leilão do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), promete transformar a economia potiguar. A empresa, sediada em Natal, prevê a geração de 8 mil empregos, sendo 3 mil diretos e 5 mil indiretos, com a retomada das operações e o início dos investimentos no equipamento localizado às margens do Rio Potengi.

O terminal foi construído em 2009 e teve as obras interrompidas em 2010, quando já estava 95% concluído. Desde então, permaneceu fechado e parte da estrutura passou a ser usada, de forma improvisada, para o reparo de embarcações. A Turc, que arrematou o espaço com um lance de R$ 21 mil, pretende aplicar R$ 11 milhões apenas no primeiro ano de contrato, valor que pode ultrapassar R$ 185 milhões ao longo dos 20 anos de concessão.

O presidente da Turc, Daniel Penteado, explicou durante reunião na Prefeitura de Natal, nesta sexta-feira (10), que o projeto vai integrar setores estratégicos como pesca industrial e artesanal, aquicultura e logística marítima. Segundo ele, o espaço permitirá o fortalecimento de cadeias produtivas e a geração de empregos em larga escala.

O terminal, pelo seu potencial, poderá fortalecer grandes cadeias produtivas, como a pesca industrial e artesanal, a aquicultura e a logística de transporte”, afirmou Penteado, destacando o impacto positivo na economia local e nacional.

Estrutura e potencial do terminal

Com área total de 13.500 m² e 4.800 m² de área construída, o terminal tem capacidade para armazenar até 50 mil quilos de pescado e contará com uma fábrica de gelo com capacidade de 60 toneladas diárias. O espaço foi planejado para atender tanto a pesca oceânica quanto a artesanal e incluirá serviços de beneficiamento primário de peixes e manutenção de embarcações.

A Turc será responsável pelos investimentos e pela exploração do espaço, que se tornará um polo logístico e industrial para o setor pesqueiro do Nordeste. A expectativa é que a operação contribua também para o abastecimento do mercado interno e para o aumento das exportações de pescado potiguar.

Reunião na Prefeitura debateu urbanização e integração do entorno
Reunião na Prefeitura debateu urbanização e integração do entorno – Foto: Demis Roussos/Secom

O avanço do projeto também envolve a Prefeitura de Natal, que participou de reunião para debater a urbanização da região da Ribeira, onde o terminal está localizado. Estiveram presentes representantes de secretarias municipais, empresários e instituições parceiras.

O secretário municipal de Governo, Sérgio Freire, representando o prefeito Paulinho Freire (União Brasil), destacou que a retomada do terminal marca uma nova fase para a Ribeira e para a economia da cidade.

Estamos iniciando hoje um diálogo com as empresas e as secretarias envolvidas sobre a implantação do terminal. Posteriormente, vamos marcar também uma visita técnica ao próprio equipamento para avançar na definição das soluções”, afirmou o secretário, reforçando o apoio da Prefeitura ao projeto.

Durante o encontro, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, ressaltou a importância da união entre o setor público e privado para viabilizar a retomada do espaço.

É uma satisfação contar com um prefeito com a visão empreendedora de Paulinho Freire, que possibilita darmos continuidade a essa iniciativa. A receptividade foi muito positiva e, a partir de agora, vamos caminhar com as melhores definições”, observou Serquiz.

O diálogo entre a Turc, o MPA e a Prefeitura é visto como fundamental para garantir o êxito do projeto, que deve colocar Natal em posição de destaque na cadeia produtiva da pesca nacional. A expectativa é de que o terminal estimule novos empreendimentos, gere renda e fortaleça a indústria naval local.

A ativação definitiva do Terminal Pesqueiro representará não apenas o resgate de uma estrutura pública subutilizada há 15 anos, mas também um marco de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Norte, com reflexos positivos no mercado de trabalho e na infraestrutura portuária da capital potiguar.

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