Reforma da Ponte de Igapó já custa R$ 30 milhões e tem previsão de conclusão para o mês de maio

Reforma da Ponte de Igapó já custa R$ 30 milhões e tem previsão de conclusão para o mês de maio
Ponte de Igapó - Foto: Rafael Nicácio / Direitos Reservados / Portal N10

As obras de reestruturação do Complexo Viário da Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte de Igapó, que liga a zona Leste à zona Norte de Natal, devem ser finalizadas em maio de 2025. Iniciados há 19 meses, os trabalhos já consumiram um orçamento de R$ 30 milhões, conforme informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Em nota, o DNIT assegurou que o cronograma de execução da obra está dentro do previsto e que os pagamentos à empresa responsável estão sendo realizados conforme o contrato. “A expectativa é de que até o final de maio de 2025 o tráfego seja liberado na sua totalidade, ou seja, com 100% da obra concluída“, afirmou o órgão.

Os serviços de recuperação da base da Ponte Presidente Costa e Silva tiveram início em 12 de setembro de 2023, com um orçamento inicial de R$ 20,8 milhões. A previsão original era de que a obra fosse concluída em janeiro de 2025, mas o projeto sofreu alterações, estendendo o prazo para maio de 2025, totalizando 20 meses de intervenções.

O que está sendo feito na reforma?

As intervenções fazem parte do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (PROARTE), com recursos do Orçamento Geral da União. A restauração abrange todo o complexo, desde as fundações até a superestrutura, incluindo:

  • Restauração e reforço de estacas, blocos e pilares.
  • Demolição de estruturas deterioradas.
  • Substituição asfáltica e de aparelhos de apoio.
  • Reforço de vigas.
  • Recuperação de barreiras de refúgio da ponte ferroviária e da passagem de pedestres.
  • Guarda-corpos.

A Ponte de Igapó, com seus 600 metros de extensão, não passava por uma reforma desde a construção de suas duas partes, em 1970 e 1985.

Além da recuperação estrutural, o projeto inclui a implantação de uma estrutura cicloviária, visando garantir maior acessibilidade e segurança aos ciclistas. O DNIT ressalta que essas intervenções são essenciais para a revitalização de um dos principais eixos de mobilidade da cidade, que atende um fluxo diário de aproximadamente 70 mil veículos, sendo fundamental para a integração viária da região metropolitana de Natal.

O processo de recuperação da ponte teve início em 1º de setembro de 2021, com a homologação da licitação para a contratação dos projetos básico e executivo. Segundo o DNIT, todos os trâmites administrativos e legais foram seguidos, e técnicos da autarquia desenvolveram os projetos de engenharia necessários para a reabilitação completa da estrutura.

Impacto no trânsito e controvérsias

Com apenas um lado da ponte liberado para o tráfego, a obra tem gerado transtornos para motoristas e usuários do transporte público. A população de Natal também enfrentou outras obras nas imediações, como as da Avenida Felizardo Moura e do Viaduto da Urbana, que dá acesso à zona Norte e aos bairros Quintas e Nordeste.

A Prefeitura do Natal chegou a acionar a Justiça Federal, solicitando a mudança do canteiro de obras para outro local, a fim de liberar o tráfego na ponte. A prefeitura argumentava que a realocação do canteiro poderia ser feita com a instalação de passarelas ou plataformas flutuantes, mas o DNIT alegou que a decisão de manter o canteiro no local considerou questões como menor impacto ambiental, segurança operacional e a localização em área de domínio, evitando conflitos com facções criminosas.

A Justiça negou o pedido da prefeitura, e um laudo técnico apontou que a mudança do canteiro de obras aumentaria os custos e o tempo de execução do projeto. A Prefeitura do Natal estimou que o bloqueio de um dos lados da ponte gerou um prejuízo social de R$ 17,9 milhões por mês aos natalenses, devido ao aumento do tempo de deslocamento. 

A Secretaria de Mobilidade Urbana chegou a sugerir medidas para minimizar os impactos, como a liberação de uma das faixas da ponte durante a noite e nos finais de semana, mas as propostas não foram implementadas.

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