Motoristas de ônibus de Natal avaliam greve após impasse em negociações salariais

Os motoristas reivindicam reajuste salarial de 8,53%, vale-refeição de R$ 600 e aumento de 15,5% no plano de saúde.
Motoristas de ônibus de Natal avaliam greve após impasse em negociações salariais
Foto: Joana Lima/Secom

Em assembleia geral realizada nesta sexta-feira (16), os motoristas do transporte coletivo de Natal aprovaram um indicativo de greve. A decisão ocorre em meio a negociações com os empresários do setor sobre as condições de trabalho e os reajustes salariais da categoria.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro), a greve poderá ser deflagrada já na próxima terça-feira (20), caso não haja um acordo entre as partes em uma nova rodada de negociação.

Se não houver acordo no dia 20, nós vamos anunciar para a população que a categoria vai entrar em greve e preparar o edital para publicação“, afirmou o diretor executivo do Sintro, Gilvan Silva.

Na quinta-feira (15), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Norte (SRTE/RN) promoveu uma audiência de mediação entre os trabalhadores e o setor patronal. Durante o encontro, os trabalhadores apresentaram suas demandas, que foram rejeitadas pelos empresários, que, por sua vez, apresentaram uma contraproposta.

Os motoristas reivindicam reajuste salarial de 8,53%, vale-refeição de R$ 600 e aumento de 15,5% no plano de saúde.

A proposta patronal, formalizada durante a quinta audiência de mediação na Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/RN), oferece:

  • Reajuste salarial de 5,53%, dividido em duas etapas:
    • 3,53% a partir de 1º de maio
    • 2% a partir de 1º de novembro
  • Reajuste de 7,5% no vale-refeição
  • Reajuste de 7,5% na mensalidade do plano de saúde

A diferença entre os índices reivindicados e os propostos reflete um impasse que se arrasta há semanas, com pouca margem de concessão até o momento. A categoria considera a proposta insuficiente frente ao custo de vida e à defasagem salarial acumulada. Já os empresários alegam dificuldade financeira e apontam que uma proposta mais robusta só será possível após a licitação do transporte público, que há anos é prometida, mas nunca efetivada.

Os termos propostos pelos empresários foram avaliados pela categoria nesta sexta-feira, mas não foram aprovados, segundo o Sintro. A possibilidade de paralisação do transporte público na capital potiguar gera apreensão entre os usuários, que dependem do serviço para se locomover na cidade.

Deixe um comentário

Seu e‑mail não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.