A edição 2025 da Feira do Milho teve início neste sábado (7) em Natal e marca, mais uma vez, o período de maior movimento para a agricultura familiar no estado. A comercialização acontece no Centro Administrativo do Estado, em Lagoa Nova, zona Sul da capital, local que desde 2023 passou a sediar o evento em definitivo.
Até o dia 5 de julho, cerca de um mês antes do pico do São João, o milho verde seguirá disponível diariamente para atender tanto o consumo doméstico quanto o abastecimento do comércio sazonal.
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O preço fixado para esta edição da feira é de R$ 40 pela tradicional mão de milho — equivalente a 50 espigas. O valor mantém estabilidade em relação aos anos anteriores, mesmo em meio aos impactos pontuais da estiagem registrada em algumas regiões produtoras do interior.
A feira reúne produtores de diversas regiões do Rio Grande do Norte, com forte presença de agricultores familiares, e tem apoio do Governo do Estado por meio da cessão do espaço público e da coordenação logística.
Para o secretário estadual do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf), Alexandre Lima, o evento segue cumprindo seu papel não apenas econômico, mas também estratégico dentro das políticas públicas do setor. “Trata-se de uma ação que reforça políticas públicas de incentivo à produção sustentável e à permanência das famílias no meio rural, ao mesmo tempo em que preserva práticas culturais enraizadas na tradição potiguar“, afirmou.
A feira, hoje com mais de 25 anos de história, consolidou-se como um ponto de sustentação da economia rural potiguar em períodos sazonais. Com a chegada de junho, o milho assume protagonismo no comércio alimentício local, servindo de base para a produção de pamonha, canjica, bolos, curau e milho verde cozido, pratos indispensáveis no cardápio junino da população.
Além do acesso central, o espaço oferece condições logísticas que ampliam o alcance tanto para os moradores de Natal quanto para comerciantes de outras regiões que buscam abastecimento direto junto aos produtores. A proximidade com a Arena das Dunas e a manutenção de um cronograma diário de vendas — com funcionamento das 5h às 20h — facilitam o fluxo de compra durante todo o período.
Embora a estrutura principal concentre produtores do interior, o público consumidor é variado: inclui desde famílias que compram pequenas quantidades para consumo próprio até revendedores de pamonhas, restaurantes e barracas que aproveitam o período junino para ampliar a produção de comidas típicas.
A expectativa é que, mais uma vez, a feira injete recursos na economia rural, valorize a produção local e mantenha viva a ligação entre o pequeno produtor e o consumidor urbano num dos períodos mais fortes de vendas no calendário agrícola do estado.