Enquanto a Petrobras reduziu em 5,6% (recuo de R$ 0,17 por litro) o preço da gasolina tipo A para as distribuidoras, os consumidores em Natal enfrentam exatamente o oposto: aumento nas bombas. O litro do combustível já é vendido a até R$ 6,59 em postos da Zona Sul da capital, conforme registros desta quarta-feira (11).
O valor representa um salto expressivo em relação ao preço médio de R$ 5,90 apontado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no levantamento anterior.
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A alta contraria diretamente o movimento da refinaria e levanta questionamentos sobre a falta de transparência no repasse das variações de custo aos consumidores. Não houve anúncio de reajuste por parte das distribuidoras, como confirmou o próprio setor.
Segundo o empresário Maxwell Flor, presidente do Sindipostos-RN — sindicato que representa os revendedores de combustíveis —, os aumentos recentes não têm relação com qualquer decisão oficial da cadeia de fornecimento. “Acredito que são as oscilações do mercado, mesmo. Os postos vinham baixando seus preços em patamares superiores ao que havia sido repassado pelas distribuidoras. Tem uma hora que a conta não fecha e os preços voltam a subir”, declarou.
Na prática, o que se vê é uma desconexão entre a política de preços da Petrobras e o comportamento dos postos de combustível na capital potiguar. A população, mais uma vez, é quem arca com a diferença — sem explicações claras e sem mecanismos de proteção eficaz.
A diretora do Procon Natal, Dina Perez, afirmou que o órgão de defesa do consumidor está acompanhando a situação. “A gente está fazendo essa fiscalização. Acontece que a gente não tem como exigir do empresário um tabelamento, em virtude do livre comércio”, disse.
Ela orienta que o consumidor utilize ferramentas como o aplicativo Nota Potiguar, onde é possível encontrar gasolina a valores que ainda variam bastante — entre R$ 5,77 e R$ 6,95, dependendo do bairro e do posto.