A Universidade Potiguar (UnP) se manifestou após a ampla repercussão de uma atividade prática do curso de Medicina Veterinária, realizada em Mossoró, que utilizou um cão de seis meses. O caso, que envolveu a indução de uma parada cardiorrespiratória no animal, gerou indignação nas redes sociais e protestos de entidades de proteção animal.
Em nota, a UnP declarou que “repudia veementemente qualquer prática que configure maus-tratos aos animais” e garantiu ter iniciado uma “apuração rigorosa dos fatos”. A universidade também informou que o procedimento foi conduzido por um especialista convidado, que não faz parte do corpo docente da instituição.
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O incidente ocorreu durante um evento do curso de Medicina Veterinária, quando o filhote foi sedado e submetido a técnicas de intubação, seguidas pela indução de uma parada cardíaca com o objetivo de treinamento para os estudantes.
A UnP reiterou que, ao concluir a análise interna, tomará “todas as medidas cabíveis” e se colocou à disposição das autoridades competentes. Em nota, a instituição reafirmou seu compromisso com a ética, o respeito à vida animal e a formação responsável de seus alunos.
O vídeo da aula gerou manifestações de políticos e ativistas nas redes sociais, como o vereador de Natal, Robson Carvalho, o ex-deputado federal Rafael Motta, e o deputado federal pelo Paraná, Delegado Matheus Laiola. Laiola declarou em sua postagem: “Não podemos normalizar a dor como método de ensino! Maltratar animais não é aprendizado, é crime! Estamos entrando em contato com a Polícia Civil, Ministério Público, Universidade Potiguar (UnP), e Conselho Federal e Regional de Medicina Veterinária para que tomem as providências cabíveis”.
Segundo informações divulgadas, o professor responsável pela prática não integra o quadro de funcionários da universidade, tendo sido convidado especificamente para ministrar a aula. Em um trecho do vídeo, o professor afirma: “Eu apliquei uma medicação, eu provoquei uma parada respiratória nele só para poder mostrar para vocês”.