O mercado de trabalho formal no Rio Grande do Norte apresentou um desempenho preocupante em março de 2025, com o fechamento de 1.918 vagas, de acordo com dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Este resultado representa o pior desempenho para um mês de março desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, quando o estado potiguar registrou uma retração de 3.041 postos de trabalho. Em comparação com março de 2024, quando houve um aumento de 1.545 empregos, a reversão é ainda mais evidente.
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A análise setorial revela que a agropecuária foi a mais impactada, com o fim das safras de frutas tropicais resultando no fechamento de 2.116 vagas. O setor de serviços, que antes impulsionava a geração de empregos, apresentou um crescimento menor, com apenas 314 novas vagas, em comparação com 2.650 no ano anterior. Em contrapartida, a construção civil e o comércio registraram aumentos de 490 e 206 postos, respectivamente.
No acumulado do primeiro trimestre, o estado potiguar gerou apenas 399 empregos formais, um valor consideravelmente inferior aos 3.099 do mesmo período em 2024. Diante desse cenário, as projeções para o ano de 2025 foram revisadas para um intervalo entre 10 e 12 mil, condicionadas à recuperação do consumo interno e à estabilidade fiscal do país.
Em contrapartida, há possibilidade de vagas serem abertas no setor público, já que o Rio Grande do Norte registra déficit de 14 mil servidores públicos em relação a 2010.