Contêiner de navio naufragado encalha em Extremoz e população recolhe carga de alimentos

O proprietário da embarcação, Maurício Júnior, confirmou que o acidente foi provocado por um problema na casa de máquinas.
Contêiner de navio naufragado encalha em Extremoz e população recolhe carga de alimentos
Contêiner encalha em Extremoz após naufrágio e moradores recolhem carga de alimentos

Um contêiner pertencente ao navio cargueiro Harmonia, que naufragou no último domingo (15) na costa do Rio Grande do Norte, encalhou na manhã desta quarta-feira (18) na praia de Barra do Rio, localizada no município de Extremoz, no litoral Norte potiguar. A estrutura metálica transportava alimentos destinados ao arquipélago de Fernando de Noronha.

Moradores da região se mobilizaram para recolher parte da carga, que incluía frutas, carnes, queijos e legumes. Imagens gravadas [vídeo ao final] no local mostram pessoas carregando caixas e sacolas diretamente da areia. De acordo com relatos, outros dois contêineres estariam à deriva e podem encalhar nas proximidades ainda nas próximas horas.

O naufrágio do navio Harmonia, registrado na noite de domingo (15), ocorreu a cerca de 50 milhas náuticas (90 km) de distância do município de Tibau do Sul, segundo informou a Marinha do Brasil. A embarcação havia partido de Recife (PE) com destino a Fernando de Noronha, transportando cargas diversas.

Todos os oito tripulantes foram resgatados com vida pelo navio mercante M.V. Amstel Lion, que navegava nas proximidades e atendeu ao chamado de socorro. Eles foram retirados do mar em segurança e se encontram em bom estado de saúde.

O proprietário da embarcação, Maurício Júnior, confirmou que o acidente foi provocado por um problema na casa de máquinas, e relatou que a tripulação tentou reverter a situação, mas o navio acabou afundando.

Marinha instaurou inquérito para apurar causas

Em nota oficial, a Marinha do Brasil informou que instaurou um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar com precisão as causas e circunstâncias do naufrágio. A investigação está sob responsabilidade da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN), que também acompanha o deslocamento dos contêineres soltos.

Ainda não há confirmação se o conteúdo retirado pelos moradores será devolvido às autoridades. O caso levanta questionamentos sobre o destino da carga, a responsabilidade civil e o impacto ambiental do naufrágio, já que partes da estrutura da embarcação e itens transportados continuam sendo levados pelas correntes marítimas.

A Marinha também monitora a possível poluição da área atingida, e poderá adotar medidas adicionais de contenção, caso haja risco à navegação ou ao meio ambiente.

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