Depósito sob a BR-226 pode dobrar reservas de ouro da mina Borborema

Caso a expansão seja autorizada, a mineradora prevê retomar o pico de 2.500 empregos diretos durante a nova fase de obras, com investimentos adicionais estimados em R$ 645 milhões.
Depósito sob a BR-226 pode dobrar reservas de ouro da mina Borborema
Aura inicia produção de ouro no RN e planeja expansão sob a BR-226 - Foto: Adobe Stock / A Stockphoto

Resumo da Notícia

A mineradora Aura Minerals anunciou oficialmente o início da fase comercial da mina Borborema, localizada em Currais Novos, na região do Seridó potiguar. O início das operações marca uma nova etapa na economia do Rio Grande do Norte, consolidando o estado no mapa nacional da mineração de ouro.

Segundo a empresa, a mina tem vida útil estimada em 11,3 anos, com base nas reservas minerais atuais, e potencial de expansão. O depósito já identificado contém mais de 2 milhões de onças de ouro, o equivalente a cerca de 62 toneladas do metal precioso — um dos maiores volumes já confirmados na região Nordeste.

Além da área atualmente em exploração, a Aura revelou ter identificado um depósito de ouro sob a BR-226, nas proximidades de Currais Novos. A companhia está negociando com órgãos públicos para obter autorização e expandir a exploração também para essa área, o que dobraria o tamanho da reserva e aumentaria significativamente a geração de empregos.

Com a liberação desta área – atualmente em negociação – e a expansão da operação, a reserva da mina dobrará, ampliando a oferta de empregos”, informou a mineradora.

Investimento e impacto econômico

O projeto Borborema demandou investimentos superiores a R$ 1 bilhão durante sua construção e gerou mais de 2.500 empregos diretos na fase de obras. Atualmente, a operação mantém cerca de 1.000 empregos diretos e 3.500 indiretos, fortalecendo a economia local e regional.

Caso a expansão seja autorizada, a mineradora prevê retomar o pico de 2.500 empregos diretos durante a nova fase de obras, com investimentos adicionais estimados em R$ 645 milhões.

A Aura destaca o compromisso ambiental do projeto, especialmente por estar em uma área de semiárido vulnerável à desertificação. Desde 2023, a empresa mantém o Programa de Reposição Florestal, que já plantou 13 mil mudas nativas em cerca de 11 hectares, além de 4 mil mudas ao longo da faixa de servidão da BR-226.

Outro diferencial é o uso de 100% de água de reuso (água cinza proveniente do esgoto tratado de Currais Novos), evitando qualquer competição com o abastecimento público da população.

O CEO da Aura Minerals, Rodrigo Barbosa, destacou o cumprimento rigoroso do planejamento:

A conclusão do projeto dentro do cronograma e orçamento, e sem acidentes com afastamento, reforça a solidez de nosso modelo estratégico, que prioriza o desenvolvimento de empreendimentos eficientes, caracterizados pela facilidade de construção e operação.”

Operações globais da Aura

Com a inauguração da unidade Borborema, a Aura Minerals passa a operar cinco minas em atividade:

  • Minosa (Honduras) – mina de ouro;
  • Apoena, Almas e Borborema (Brasil) – minas de ouro;
  • Aranzazu (México) – mina de cobre, ouro e prata.

A empresa também possui projetos em desenvolvimento e exploração em países da América Latina, incluindo Era Dorada (Guatemala), Tolda Fria (Colômbia) e Carajás, São Francisco e Matupá (Brasil). Este último já está em fase de implantação, enquanto os demais estão em estudo ou manutenção.

Com a operação em Currais Novos, o Rio Grande do Norte se posiciona de forma estratégica na mineração de ouro, combinando investimento privado, inovação ambiental e impacto social direto na geração de empregos e renda.

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