Nova variante da Covid-19, a XFG, é identificada pela primeira vez em Natal

A detecção da nova linhagem ocorreu após análise genômica de amostras de três casos recentes na capital potiguar.
Nova variante da Covid-19, a XFG, é identificada pela primeira vez em Natal
Imagem: Ahmet Aglamaz / Adobe Stock

Resumo da Notícia

A Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou, por meio do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-RN), a primeira detecção da variante XFG da Ômicron em amostras de pacientes de Natal.

A linhagem, classificada como uma “variante sob monitoramento” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já foi registrada em 38 países e em quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Santa Catarina.

A confirmação no RN ocorreu a partir de análise genômica de três amostras recentes coletadas na capital potiguar. Ainda que não haja indícios de maior gravidade nos quadros clínicos associados à XFG, o surgimento da nova cepa reforça o alerta para a necessidade de vigilância constante e da manutenção das medidas preventivas.

O que se sabe sobre a variante XFG da Ômicron?

Segundo informações oficiais, a XFG é uma sublinhagem da variante Ômicron, o que significa que carrega mutações genéticas que diferem das linhagens anteriores, embora siga a mesma origem. A OMS mantém a classificação da XFG como uma “variante sob monitoramento”, o que significa que não há, até o momento, evidências científicas de que ela cause formas mais graves da doença ou comprometa a eficácia das vacinas e antivirais atualmente em uso.

Mesmo sem alterações significativas no comportamento clínico da doença, a identificação da variante em solo potiguar reacende discussões sobre a importância da testagem, da vacinação em dia e da vigilância epidemiológica ativa.

De acordo com a própria Sesap, há uma elevação discreta no número de casos de Covid-19 no estado. A pasta ressalta que, embora o cenário não represente uma nova onda de transmissão até o momento, a doença segue sendo uma infecção com alta capacidade de contágio, que pode evoluir para formas graves, principalmente em pessoas idosas, imunocomprometidas e com comorbidades.

A orientação da secretaria é clara: qualquer pessoa com sintomas gripais deve manter o uso de máscara em locais fechados, reforçar a higiene das mãos e buscar atendimento nos serviços de saúde.

Recomendações reforçadas a profissionais de saúde

Além da população em geral, profissionais da saúde devem redobrar a atenção. A Sesap reforça que todos os casos leves e moderados de Covid-19 devem ser inseridos no sistema e-SUS Notifica, ferramenta do Ministério da Saúde voltada ao rastreio e notificação de doenças.

Já casos graves, internações hospitalares e óbitos associados à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devem obrigatoriamente ser reportados ao SIVEP-Gripe, sistema nacional de vigilância para doenças respiratórias graves.

Esse processo de notificação, segundo a Sesap, é fundamental para garantir respostas rápidas das autoridades sanitárias e evitar possíveis surtos, além de manter o controle da situação epidemiológica em tempo real.

Convivendo com o vírus: atenção contínua é indispensável

Mais de quatro anos após o início da pandemia, a Covid-19 continua presente e exigindo atenção da população e do sistema de saúde. A circulação de novas variantes, como a XFG, embora ainda sem comprovação de maior severidade, demonstra que o vírus permanece ativo e sujeito a mutações que podem alterar o panorama sanitário a qualquer momento.

Dessa forma, o cumprimento das orientações médicas, a vacinação completa e a busca por informação confiável seguem sendo pilares fundamentais para manter a segurança coletiva.

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