InfoGripe indica queda de SRAG em quase todo o Brasil

InfoGripe indica queda de SRAG em quase todo o Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um novo boletim do InfoGripe, divulgado pela Fiocruz na quinta-feira (5 de dezembro de 2024), aponta uma tendência de queda ou estabilidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na maioria dos estados brasileiros. A informação é positiva, apesar da constatação de um aumento em Roraima e São Paulo.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, foram registrados 164.330 casos de SRAG em todo o país até a data da publicação. A boa notícia é que essa tendência de queda ou estabilidade abrange todas as faixas etárias na maior parte do território nacional.

Em Roraima, o aumento de casos está concentrado em duas faixas etárias: crianças de até 2 anos e crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos. Já em São Paulo, o crescimento se observa principalmente em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e integrante do InfoGripe, explicou que os dados laboratoriais ainda não permitem a identificação precisa dos vírus responsáveis por esse aumento nos dois estados. Ela declarou: “É provável que o crescimento de SRAG esteja sendo impulsionado por algum vírus que afeta principalmente crianças e adolescentes, como o rinovírus, VSR, adenovírus ou metapneumovírus”.

Para conter o avanço da SRAG, especialmente em Roraima e São Paulo, Portella recomenda algumas medidas preventivas: uso de máscaras em ambientes fechados e unidades de saúde; e, diante de sintomas gripais em crianças, os pais devem mantê-las em casa para evitar a disseminação do vírus. Ela acrescentou: “O ideal é que a criança fique em casa se recuperando e evitando transmitir os vírus para outras crianças. Além disso, é importante que todas as pessoas do grupo elegível procurem os postos de vacinação”.

A especialista destaca ainda que, na faixa etária de até 14 anos, o rinovírus continua sendo o principal vírus associado aos casos de SRAG, enquanto a Covid-19 prevalece entre os idosos. “Contudo, as hospitalizações associadas a ambos os vírus estão em tendência de queda ou estabilidade na maior parte do país”, ressaltou Portella.

O boletim InfoGripe detalha a distribuição viral das ocorrências de SRAG em 2024: 17,1% foram causadas pela influenza A; 1,9% pela influenza B; 34,5% pelo vírus sincicial respiratório (VSR); 26,7% pelo rinovírus; e 19,4% pelo Sars-CoV-2 (Covid-19).

O número de óbitos por SRAG em 2024 chegou a aproximadamente 10.080, segundo o boletim.

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