A Nissan está enfrentando uma grave crise financeira e, para tentar superar essa situação, a montadora japonesa anunciou um plano de ações chamado “modo de emergência”, com o objetivo de reverter o cenário o mais rápido possível.
Entre as medidas divulgadas no início de novembro, a Nissan informou que cortará 9 mil postos de trabalho em todo o mundo e reduzirá sua capacidade de produção em 20%, devido à queda nas vendas. Os Estados Unidos já sentem os impactos dessas mudanças: a marca confirmou que reduzirá sua produção no país em 17% em comparação com 2023.
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Segundo a Nissan, essa redução visa “ajustar-se melhor às tendências de mercado e à demanda por seus modelos”. Essa estratégia deve permanecer em vigor até, pelo menos, março de 2025.
Nos Estados Unidos, a picape Frontier e o SUV X-Trail (batizado de Rogue no mercado americano) são responsáveis por cerca de 30% das vendas totais da Nissan no país e serão os mais impactados. A Frontier é fabricada em Canton, enquanto o Rogue é produzido em Smyrna, ambas localizadas no estado do Tennessee. Nessas plantas, o ritmo de produção será diminuído de cinco para quatro dias por semana.
O CEO da Nissan, Makoto Uchida, destacou que o baixo desempenho das vendas nos Estados Unidos, um mercado estratégico, contribuiu para os desafios enfrentados pela empresa, que teve uma queda de 93% no lucro durante o primeiro semestre.
Além disso, Uchida decidiu reduzir voluntariamente 50% de seu salário mensal a partir de novembro de 2024. Outros membros do comitê executivo também aceitaram cortes salariais, de acordo com comunicado oficial.
De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal Financial Times na terça-feira (26), a Nissan enfrenta sérias dificuldades financeiras e precisará adotar medidas drásticas, como cortes de gastos e demissões, nos próximos meses para se manter de pé. Segundo dois executivos da empresa, que falaram sob anonimato, a montadora tem um prazo de “12 a 14 meses para sobreviver”, ressaltando que o cenário é “muito complicado“.
