O Aeroporto de Natal recebe, até o dia 30 de junho, a exposição “O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia: Arte, Ciência e Sustentabilidade”, promovida pela Embaixada da Suíça no Brasil e pelo Consulado-geral da Suíça no Rio de Janeiro.
A mostra destaca as contribuições históricas da Suíça para a preservação da biodiversidade amazônica e já atraiu mais de 3.500 visitantes desde a inauguração no dia 8 de maio.
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A exposição é gratuita e aberta ao público diariamente, das 9h às 21h, no saguão do Aeroporto de Natal. Além da visitação espontânea, o evento já recebeu agendamentos de escolas públicas e privadas da região.
Suíça e Brasil: uma parceria que conecta arte, ciência e sustentabilidade
O trabalho do naturalista suíço Emílio Goeldi, reconhecido mundialmente por seus estudos sobre a fauna e a flora da Amazônia, é o fio condutor da exposição. Ao lado de seu filho, o artista Oswaldo Goeldi, a história da família reforça a conexão entre os dois países. O acervo reúne 337 ilustrações de aves amazônicas pertencentes ao Museu de História Natural de Berna, na Suíça, além de 22 xilogravuras coloridas de flores brasileiras assinadas por Oswaldo Goeldi.
Um dos destaques é a tecnologia de realidade aumentada, que proporciona uma experiência imersiva e educativa, permitindo que os visitantes explorem as espécies amazônicas de forma interativa. A iniciativa integra o programa Road to Belem, conjunto de ações promovidas pela rede diplomática suíça no Brasil como preparação para a COP 30, conferência mundial sobre mudanças climáticas que acontecerá em novembro de 2025, em Belém, no Pará.
Durante a cerimônia de abertura em Natal, o ministro Pierre-Yves Morier, chefe de missão-adjunto da Embaixada da Suíça, ressaltou a importância da parceria bilateral. “A exposição apresenta as distintas conexões que existem entre a Suíça e o Brasil, através da arte, da ciência e da sustentabilidade. Arte porque podem conhecer obras de grandes grafistas; ciência, porque Emílio Goeldi foi um naturalista suíço de grande importância mundial; e, finalmente, a sustentabilidade porque apresentamos o que a Suíça tem feito através de contribuições em vários projetos regionais para preservação do meio ambiente, como o Fundo Amazônia”, afirmou.
Uma experiência que aproxima gerações e resgata histórias
Para a curadora interinstitucional Lani Goeldi, bisneta de Emílio Goeldi, a passagem da exposição por Natal foi especialmente marcante. “Levar a exposição ‘O Legado Suíço-Brasileiro na Amazônia’ a Natal foi uma experiência profundamente tocante. Cada olhar curioso, cada família que se encantou com as aves amazônicas em realidade aumentada, cada criança que descobriu a arte e a ciência entre as paredes de um aeroporto, tudo isso nos lembra por que fazemos o que fazemos”, declarou.
Em suas palavras, a mostra ultrapassa os limites da biografia familiar. “Essa exposição não fala apenas de Emílio Goeldi, meu bisavô, nem somente das 337 aves retratadas por Ernst Lohse ou das flores gravadas por Oswaldo Goeldi. Ela fala de pertencimento, de raízes, de um Brasil que pulsa na biodiversidade e que encontra, na arte e no afeto, caminhos para se reconectar com sua própria história”, destacou.
Após Natal, a exposição seguirá para Manaus, no Amazonas, ampliando o percurso do programa Road to Belem no território brasileiro.
O que é o Road to Belem
O Road to Belem é um programa coordenado pela rede suíça no Brasil, com foco na promoção de soluções sustentáveis, desenvolvimento econômico e inovação compartilhada. A iniciativa reforça a cooperação histórica entre Suíça e Brasil, que mantêm relações bilaterais de longa data nas áreas política, econômica, científica e ambiental.
A programação da exposição pode ser consultada no portal oficial da Embaixada da Suíça no Brasil: https://www.eda.admin.ch/brasilia.
